A trilogia Cinquenta Tons da inglesa E. L. James, pode ser explicado pela falta que as mulheres bem sentindo do macho. Independente dos gostos pessoais no plano sexual - o livro trata de sadomasoquismo - a descoberta do prazer pela protagonista nas mãos de um homem sedutor e dominador, me lembra o desejo, nem sempre expresso diretamente, de várias mulheres participantes do Projeto Mulheres, de quererem o homem-macho ao seu lado.
Quem é esse homem-macho? no meu entendimento está longe de ser o homem autoritário e machista que é o que vemos por ai. É contra esse homem que as mulheres estão se impondo dia-a-dia; é contra essa dominação provinda de papéis sociais arcaicos, no sentido de antigos, que parecem não ter mais razão para muitos de nós.
Quem é esse homem-macho? no meu entendimento está longe de ser o homem autoritário e machista que é o que vemos por ai. É contra esse homem que as mulheres estão se impondo dia-a-dia; é contra essa dominação provinda de papéis sociais arcaicos, no sentido de antigos, que parecem não ter mais razão para muitos de nós.
Ao longo dos meus estudos tenho compreendido que as mulheres vêm lutando corajosamente para tentar se colocar no ambiente público com iguais direitos ao homem. Essa luta, trouxe à luz os anos todos de submissão, dor e, em muitas casos, humilhação que as mulheres têm vivido por séculos. Somemos a isto o sentimento de indignação ao perceber as próprias escolhas erradas embasadas em crenças que não lhes são mais pertinentes. O resultado, muitas vezes, é a raiva.
Considero que muitas mulheres estão raivosas. E essa raiva, como é comum acontecer quando aflora, se expressa contra o outro. O outro, neste caso, é o homem. O culpado, para muitas, de toda a dor feminina.
Este cenário está no ar. Está no nosso dia-a-dia. É assim que as mulheres assumiram publicamente, e descancaradamente, diga-se de passagem, a crença que são melhores que os homens. Crença que vem sendo construída há mais de um século, criando filhas mais independentes, criando homens mais dependentes, com menos capacidade de se virar no mundo. É só ouvir as mulheres falando sobre os homens e sobre si mesmas que esta realidade se torna contundente.
E como fica o homem neste cenário? Enfraquecido. O homem atual tem muito de resultado das falas femininas que afirmam a superioridade da mulher sobre praticamente todas as coisas. Num mundo de hipervalorização do politicamente correto, como ir contra? Como se colocar sem parecer machista ou antiquado?
Acredito que a violência urbana e o femicidio tenha também a ver com isto. O homem não aprendeu a se colocar no mundo moderno ainda. A se impor sem a força física ou a força do poder. A mulher também não tem contribuído para ajudá-lo nesta busca.
O resultado são mulheres que sentem falta do homem-macho. O homem seguro, firme. Internamente, seguro e firme. Aquele que sabe. Aquele que acompanha. Aquele que é capaz de ser leal aos compromissos assumidos. Aquele que segura e assegura. Como ela sente que é capaz de ser. Especialmente nos momentos mais difíceis. Nisso que ela quer a igualdade. A mulher está cansada de seu papel de toda poderosa. De ser a Atlas que segura o mundo. É por isso que ela vem tentando despertar o homem-macho.
O caminho da sexualidade, talvez seja o caminho novo - embora muito antigo - de tentar integrar esse homem-macho ao seu companheiro. É despertar nele aquele homem que é capaz de tomá-la nos braços e a fazê-la mulher.
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